terça-feira, 31 de maio de 2011

Música: Deep Purple - Made in Japan (1972)


Comecei a gostar pra valer de Deep Purple no começo de 2006, no último ano do Bacharelado em Estatística pelo IME-USP. Antes, só conhecia as músicas fundamentais da banda ("Smoke on the Water", "Highway Star", "Burn" e por aí vai), além de "Never Before", cuja tradução pro Português eu fiz em algum momento do meu colegial (atual "Ensino Médio"). Naquele mesmo ano, fui a um show do Purple no (atual) HSBC Brasil junto com um amigo e, mesmo não sendo a formação "clássica" (da qual vou falar a seguir), ver lendas como o interminável vocalista Ian Gillan em ação é algo gratificante. Desde então, passei a ouvir o Purple com mais regularidade e virei fã assumido da banda, que por sinal, é uma das mais importantes da história do Rock.

E nessa conversa toda, um disco se sobressai dos demais que a banda (e todas as suas formações em mais de 40 anos de estrada) já gravou. E trata-se de um álbum gravado ao vivo: "Made in Japan", lançado em dezembro de 1972, ano do auge da Mark 2, nome com o qual a formação composta por Gillan, Ritchie Blackmore (guitarra), Roger Glover (baixo), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria) ficou conhecida.

O disco deixa registrado algumas das melhores performances musicais da Mark 2 durante seu melhor momento. Basicamente, temos uma reprodução de quase todas as músicas do disco clássico "Machine Head", sempre com a presença forte de Blackmore, distorcendo sua guitarra Fender Stratocaster como quer, mas sempre com notas muito bem executadas. Jon Lord mostra porque é um dos melhores instrumentistas da história do Rock, enquanto que Glover e Paice fazem seu trabalho de forma competente - Paice mostra toda sua habilidade na bateria em "The Mule", única música do álbum "Fireball" que entrou na lista do álbum ao vivo. E Gillan, ainda em sua juventude, mostra seu poder vocal inconfundível.

Grandes momentos como a explosiva performance vocal de Gillan em "Child in Time", os solos de Blackmore em "Strange Kind of Woman", "Smoke on the Water" e "Highway Star" e o poder de improvisação da banda em "Lazy" e "Space Truckin'"  estão registrados em quase 1 hora e 20 minutos de puro Rock N'Roll. Volta e meia, esse disco é considerado como um dos melhores "ao vivo" de todos os tempos nessas listas de Rock que se vê por aí. Na minha opinião, é O MELHOR.

Há uma versão estendida de "Made in Japan" que, além das 7 músicas originais, inclui mais três versões sensacionais de "Blacknight", "Speed King" (ambas de 1970, do excelente álbum "In Rock") e "Lucille", uma cover do clássico de Lionel Ritchie. Mais do que recomendado.

Só pra mostrar do que eu estou escrevendo, ouçam "Highway Star".


 
Até a próxima! 

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